sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jerry Maguire (1996) - Cameron Crowe



Jerry Maguire é um 'feel-good movie', e se pode coloca-lo na cesta dos mais canastrões e manipuladores, daqueles que abusam dos subterfúgios mais sem vergonhas (no caso sem muito medo de disfarçar) , mas que inegavelmente ganha força pela direção de Cameron Crowe e pequenos elementos (logo comentados), conseguindo eficientemente - ainda que tocando basicamente apenas na superficie do tema -, envolver a platéia no trambique e quase como garantia deixando um sorrisão no rosto da platéia, e alguns, com olhos marejados também.

Cameron Crowe é um bom diretor, de alguma forma ele tem um talento irrepreensível de criar uma crosta de envolvimento com seus personagens - geralmente sensíveis, simpáticos e ao que pede o genêro, carismaticos -, também tendo muita habilidade em concilia-los com narrativas em si, já poderosas, como em Quase Famosos e Vanilla Sky. (esse ultimo, também protagonizado por Tom Cruise), em ambos os filmes infere um tratamento impar e sensível à seus personagens, e pode-se observar que nos filmes supracitados, os dois contam com protagonistas suportados por um par romantico em relações complicadas e bem discutidas, Jerry Maguire não foge à regra embora a formula não funcione tão bem como nos outros dois. O ponto que o filme acaba cedendo mais e caindo, é o romantismo em doses exageradas e a falta de sutileza em sua condução, no caso, basta assitir.

Trata-se de uma agente esportivo (muito bem interpretado por Cruise, personagem mesmo que nomeia o filme), que em uma noite qualquer escreve um memorando sobre agentes esportivos e como os mesmo deveriam tratar seus clientes com mais parcialidade e humanidade, sendo demitido por causa disso, então agora tentando manter seus clientes, manter seu relacionamento com sua namorada e recrutar funcionarios para seguir com ele, tudo isso á mil, iniciando conflitos principalmente envolvendo as relações humanas em ambiente de trabalho, superação e etc... e nessa situação se envolve Dorothy, funcionária que se juntara à ele com quem inicia uma conturbada e singela relação (papel que caiu como uma luva em Renée Zellweger e todos seus trejeitos doces e atrapalhados) e passa acompanhar Rod, o único cliente que conseguiu manter (por Cuba Gooding Jr que ganhara o oscar no papel).

Os feel-good movies sempre foram alvo de preconceitos, não importando a época, o discurso ou cineasta, desde os filmes de Capra aos de Darabont, e Jerry Maguire também tem seus detratores, cujo os argumentos não são novidades mas na verdade dizem algumas verdades.

Como uma série de pequenos elementos que entraram em celulóide, esse pretensioso filme e seu sucesso se dão a elementos bem simplistas e evidentes na verdade - atores de renome em papéis carismaticos, direção bem convencional (no qual nota-se menos esforço do cineasta em extravasar propriedades artisticas, apenas confinando o lugar-seguro), trilha sonora ambiente para cada ocasião -, quase como uma maquina, cujo em escolhas felizes tudo passou a funcionar como conjunto da obra, e um parafuso a menos poderia tudo isso despencar, no entanto, para a felicidade dos cinéfilos mais casuais e de quem procura diversão mais descompromissada - não se atendo à defeitos e detalhes -, tudo deu certo, e esse publico amará (na verdade já amou ou amam, pois trata-se um filme já bem conhecido) incondicionalmente Jerry Maguire,  um dos trabalhos mais triviais do diretor, e não menos eficiente.

Nota 7,0











  





quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Entre Lençois (2008) - Gustavo Nieto Roa



O nosso Cinema é conhecido por tratar deveras de nossas próprias condições, da realidade precária, e por fim, na maioria das vezes fotografar a dura situação do nosso país, e independentemente de isso ser bom ou ruim, trata-lo de forma diferente não é nenhum pecado, e Entre Lençóis o faz, é sobre dois individuos que se conhecem e se envolvem em uma noite (fisicamente à principio), e então vão à um hotel, para consumar o ato fisico, mas além disso também começam a se conhecer melhor, e a situação foge do convencional, partindo para um estudo de relações, bem, desastroso aqui.

A premissa é um primor, dois individuos (independente de ser um casal ou não como é o caso) confinados em uma só locação durante o filme todo, assim indagando cada vez mais um sobre o outro, mas que por culpa de basicamente tudo - direção, atuações, roteiro -, aqui nada caminha de forma eficiente, e se entrega aos desfechos mais esquemáticos e vergonhosos.

Surpreendentemente, Entre Lençóis é quase um filme assexuado (contrapartindo do que a sinopse parece indicar), o casal protagonista e quase que predominantemente únicos que dão as caras na tela, são interpretados (cof) por Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira, ambas as figuras são sempre certas e habituais presenças nas novelas globais que o nosso povo tanto gosta, mas aqui não é novela, é Cinema, é um conto, que apesar de muito mais curto em duração, geralmente (principalmente no Cinema Do Bom) garante assuntos tão universais e abrangentes do que uma novela pode apresentar em um semestre de exibições diarias, e o fato que ambos são quase os unicos à aparecer o filme todo, falando palavra por palavra, derreteu qualquer mascara que ambos podem disfarçar em apresentações mais caricatas que uma novela pode abrir concessões.

Ambos estão péssimos, isso fica claro, mas Paola Oliveira ultrapassa cada barreira que possa-se considerar má atuação (e culpa da direção sobre a mesma), ela enuncia toda palavra como se estivesse lendo - tudo muito claro, inexpressivo, calmo e nada natural -, para o espectador mais atento, sabemos que sua escalação no papel é toda devida a sua beleza fisica, que na verdade torna incompreesível, que não houve um trabalho só um tantinho mais caprichoso para achar uma atriz mais talentosa e ainda atraente fisicamente.

Tudo cai aos pedaços, desmorona mesmo com as resoluções do roteiro, que cai para o melodramatico (ainda havia esperança, ainda...). Ambos já estavam em relações pendentes antes de ser conhecer, e os 30 minutos finais de filme se tornam um verdadeiro teste de paciencia, quando ambos recebem ligações de seus conjuges, e sendo que estão residindo com desconhecidos no momento, os sentimentos e devaneios mais fajutas empacotam os mais ridiculos e previsiveis dialogos nesse ato final, que finalmente/inexplicavelmente e sem muito esforço conseguem despencar e estraçalhar a boa premissa.

Uma decepção sem tamanho, que aguarda à você os momentos mais constrangedores possiveis, se você tiver culhões de assisti-lo após ler isso. Se o tentar, boa sorte.

Nota 4,0







Corrida Sem Fim (1971) - Monte Hellman



É dificil analisar um filme como Corrida Sem Fim, e mais ainda, critica-lo negativamente, averiguar em seus discursos, o que o faz tudo ou nada, já que atrás de uma estória tão mediocre muitos acham, alguns sinceramente, outros com pura hipocrisia e puxa-saquismo devido à sua reputação, um filme cheio de significados, que pode se encaixar como retrato de uma geração.


Simples simples é a trama da pelicula: dois homens (cujo os nomes nunca são revelados), podendo se chamar Piloto e Mecânico, iniciam uma pequena 'rixa' com um estranho na estrada (também viajante, mas com rumo), nada violento, algo que acaba se tornando uma disputa - saudável, mas pouco discutida -, uma corrida até Washington, valendo seus carros e documentos.

Aqui, não há conflitos, pouquissímas palavras, e também pouco movimento (assim, seu nome traduzido por aqui pode ser muito enganador, como costuma ser, o vende mal), e o tempo passa, muito lentamente, e parece não conduzir a lugar algum, conte você mesmo as possíveis mudanças que parecem mudar os rumos  (como a chegada da garota, conhecida irônicamente como A Garota), que muito infelizmente, subverte suas expectativas para que algo aconteça, e simplesmente, não o faz, como o advento para um climax que não chega, nunca.

São 102 minutos que Corrida Sem Fim se projeta, começando e terminando exatamente no mesmo ponto, e o que isso poderia simbolizar? alguns apontam como alegoria à vida 'whatever, lest have fun' dos hippies da época, o seu enredo sem climax ou confrontos poderia também significar a descontrução inicial do que seria uma estrutura narrativa. E ao fim, um extremo vazio bate, e essa é a sensação de ter visto um nada, considerando que o discurso de Corrida Sem Fim é o mais redundante do mundo.

Os personagens de Corrida Sem Fim são inexpressivos e sem semblante, seus passados nunca são revelados e tampouco suas motivações, suas expressões permanecem no mesmo estado à cada segundo na tela, como robôs, que inexplicavelmente levam essa vida, e de alguma forma (que nunca chegamos a saber devido ao excesso enigmatico em suas auras), já leva à uma discussão subjetiva sobre estados de conforto, ou teorias existencialistas, que ainda nos leva à entender que os mesmos são simplesmente corpos niilistas.

Há bons momentos como a conversa entre O Piloto e o Motorista do G.T.O, cujo O Motorista do G.T.O começa a resmungar sobre seu aborrecido passado, e o Piloto, abruptmente o interrompe e diz que não quer saber, nem mesmo o olha ao dizer, e com os olhos na estrada, nos sugere que a mesma seria um caminho para novas experiências e aprendizados, e o passado, bem já foi, e pelo menos aqui, não precisar ser lembrado.

De resto, Corrida Sem Fim simplesmente são funciona como Cinema, e pode com certeza ser considerada como uma experiencia audio-visual não digna, é como a imagem sem movimento, personagens como cones, e a intenção ardilosa de disfarçar a sua condição oca, se auto-classificando como um retrato, uma fita definitiva sobre a tal geração, mas nunca o mesmo sendo o que se propõe, e finalizando-se com um fade-out com o fogo dilacerando a tela (claro, enalteceram a obra por causa do mesmo também), que pode ser somente um charme por parte dos realizadores, alguns se coçaram à dar simbolismos ao mesmo (não importante se há ou não). A geração hippie podia ser rotulada como vazia e sem rumo (e aqui, junkies? não mesmo, Corrida Sem Fim não toca no assunto), isso pode ser feito, e fora mesmo, mas com filmes melhores e muito mais funcionais.

Nota 4,0















quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Rei De Nova York (1990) - Abel Ferrara




No mesmo ano do classico de Scorsese (Os Bons Companheiros), Burton e sua fábula de horror (Edward Mãos De Tesoura), Costner e seu oscariado (Dança Com Lobos) e pode-se considerar o comercial De Palma (Fogueira Das Vaidades), "O Rei De Nova York" ficou meio ofuscado pelos tais (definitivamente não ficando muito atrás dos mesmos, no quesito qualidade), hoje ganhou ares de 'filme cult', e suas qualidades irrepreensíveis o precedem.

Trata-se de uma estória que não abre muito espaço para quaisquer destaques, afinal, um ex-gangster sai da prisão, e agora se afilia à velhos conhecidos para reconstruir seu império, batendo de frente com a policia, gangues inimigas e milhares de incognitas que aparecem em seu caminho, sejam estas, pessoas suspeitas ou atitudes e situações. Ai está, um prato cheio para um ótimo filme de gangster de araque - muitos tiroteios, reviravoltas nada orgânicas, filosofia canastrona, bandidos imortais e policiais babacões -, e nesse ponto que "O Rei De Nova York" é simplesmente maravilhoso, pois não é nada disso, alias, ele é o conglomerado das qualidades citadas e muito mais.

É um prazer cinéfilo indescritivel vê-lo pela primeira vez, a sensação é de que cada segundo, é um só climax, tenso à cada minuto, mais que isso, estão aqui varias nuances que adicionam muito mais para a fita, e a tornam muito mais que um filme de policia-ladrão qualquer.

Dirigido por Abel Ferrara, bem conhecido por tratar de máfia, drogas, crime e tudo que possa girar em torno disso, "O Rei De Nova York" por muitos é dito como sua obra-prima, o mais essencial de seus trabalhos, talvez até mesmo a pintura que define seu portfólio.

A maior carta na manga aqui, sem duvida é o personagem protagonista Frank White, atuado aqui magistralmente caralhosamente maravilhosamente por Christopher Walken, que merece essas hiperboles e muito mais, pois além, de toda proposta inicial que o cerca - talvez como assassino brutal, galã, desmiolado,   quase maluco de pedra -, proposta essa, quase que é totalmente desconstruida nos momentos finais, onde é revelada as mais profundas de suas facetas, já enigmaticas por conceito  - assassino frio e encrenqueiro que ao mesmo tempo simplesmente faz de tudo, para levantar um hospital à sua vizinhança, não se conformando com o status quo de sua cidade.

Há violencia, sim, muito palavrão, também, mas tudo é empregado de forma não convencional, pois os rumos também não são, e se você pensar, por um segundo que trata-se de um filme onde só são sacrificados figurantes e coadjuvantes, estará você redondamente enganado, "O Rei Nova York" atira para todos os lados, e definitivamente, atesta que o ambiente é fatal, para ambas as figuras, e nenhuma dualidade certo-errado, céu-inferno, vai impedir que haja óbitos para qualquer quem esteja no fogo cruzado.

Não bastando todas as virtudes supracitadas (em maioria, os detalhes que o diferenciam como enredo), tecnicamente, é um dos filmes mais lindos da década de 90, e pode sim, ser equiparado aos maiores do gênero, aos figurões, aos "big shots" (expressão muito utilizada no tema), aqui, muitas cenas são filmadas em locação, de noite, e o tom azulado toma conta da tela, é muito lindo de se ver, não importando o que acontece na projeção - seja tiroteio, calmaria, sexo, consumo de drogas -, o azul sempre em mesmo tom (um tanto escuro), nada de matiz ou degradê, e fica simplesmente único, normalmente ao som de hip-hop, nada muito kitsch idem, apenas único.

Uma pena que "O Rei De Nova York" não fora tão assistido como deveria, discute a existencia dependende lei-desordem, une tiroteios dos mais insanos á coragem abrupta de sacrificar quem for, Walken como animal muito racional, que une semblante até meio indiferente mas sempre atento e calculista.

Obra-prima? talvez; Obrigatório? com certeza.

Nota 8,0










segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Submarine (2010) - Richard Ayoade





Há uma linha tênue entre a profundidade e superficialidade no Cinema, quando se trata de filmes com tal temática (depressão, amor, relações familiares e etc), é ainda mais perigoso que a obra seja abordada da segunda forma, assim deixando a fita com um formato raso, e preguiçoso; em contrapartida, da primeira forma, pode haver o excesso minúcias, material superfluo, cheio de hiperboles, deixando a obra, ou apelativa ou canastrona.

Não é impossível equilibrar ambos, prova disso é o também maravilhoso "Por Um Sentido Na Vida (2002), dirigido por Miguel Arteta, também com personagens complexos, semblantes enigmáticos, e emoções oprimidas, seja pelo jeito em que a vida se tornou ou pelas pessoas que a cercam.

Em "Submarine", superficialidade nem chega perto, entretanto seus excessos, e quase saturação de elementos intimistas, podem afetar o resultado final (subjetivamente, é claro)

O fato é que "Submarine", ao compasso que é simplista - tratando de temas já discutidos mil vezes anteriormente -, é também complexo e minimalista (um close no problema) se destacando por penetrar nas causas e efeitos, e se diferir por justamente, ser deveras acima da média.

O enredo se passa na vida de Oliver Tate (brilhantemente interpretado por Craig Roberts, no qual reservarei um paragráfo), um adolescente quase idiossincratico, cheio de dúvidas, problemas reais, e depressivo; ele é uma contradição: pessimista (algo claro no monólogo inicial), que ao mesmo tempo luta para consertar as coisas, porque não se importa apenas consigo mesmo, e com todos ao seu redor, e sofre, sofre pra valer, por não ter com quem desabafar, se expressar, ter sua atenção; ele é complexo: ele se questiona, ele se indigna, ele ama, sofre, chora, sorri; e toda essa construção de personagem (coisa rara no Cinema, principalmente atualmente), já é digna de aplausos, pois é cuidadosa, sensível e real (capaz de se refletir em qualquer um).

Com tudo que acontece com ele, e com todos ao seu redor, ele encontra o amor, em Jordana Bevan (interpretada excepicionalmente por Yasmin Paige, ainda pouco conhecida), ele pode agora ouvir e ser ouvido, como qualquer ser humano precisa, e mesmo com sua inexperiência no assunto, tudo flui naturalmente, e de forma marcante para quem vê - desde o primeiro beijo compartilhado, o momento cujo pela primeira vez deram as mãos e até mesmo como ocorre a consumação desse amor, oh esse amor, também paradoxal (que ao mesmo tempo é timido e reprimido, expressado não por declarações e sim por gestos e atitudes).

Já basta Tate ser o centro de um espiral de objetos intrigantes, em grande parte abstratos, tais como suas duvidas existenciais, ele vive em uma casa, onde acompanha a infeliz, tépida e monótona vida de seus pais - Jill e Lloyd Tate (por respectivamente Sally Hawkins e Noah Taylor), casados já a tempos, agora ameaçados pela presença Graham Purvis (por Paddy Considine), caso que já é pretérito na vida de sua mãe, mas no presente está próximo, de simplesmente desmoronar com um sopro, seu longo e frágil casamento.

A vida não é fácil, não segue fácil, e Tates, acompanhado por Jordana, continua caminhando, e agora onde surgem os principais conflitos da trama - manter sua relação com sua namorada, e tentar salvar o casamento de seus pais, assim iniciando o segundo ato.

Vale observar, que apesar de "Submarine" não ser um filme no qual os aparatos técnicos (exceto a edição, prestes a ser analisada) devem ser o foco principal, a fotografia do filme é tão maravilhosa e simbólica, que se torna um elemento essencial na estória - fria, montanhosa, natural... não é uma cidade urbanizada (civilizada, sim), mas não há prédios, grandes edificios ou construções do tipo, se passa em alguma região (nunca especificada) em algum lugar mais distante, nos confins da Inglaterra.

A edição é um primor idem, pois em muitas cenas, saindo do campo comum, "Submarine" tem sequencias, por exemplo que se passam dentro da mente de Tate - memórias principalmente -, então ganham um tom mais peculiar, tanto visualmente e na área sonosplastica (emolduradas em grande parte por trilha sonora, e vista sob câmera trêmula e tons mais claros).

Por essa fita, eu queria me ajoelhar e venerar seus realizadores, mas devo tudo que senti principalmente à Craig Roberts, que com seus trejeitos singulares e sempre adequados à cada situação, tornou Oliver Tate um personagem único.

Cenas maravilhosas - Tate desesperado e chorando, nesse caso, espiando sua mãe suspeitando que ela estaria legitimando seu caso extra conjugal, correndo desesperado, no meio de uma celebração banhada a fogos de artificio e pessoas sorrindo, um contraste perfeito e emocionante, que no calor do momento, funciona magistralmente como Cinema, pura emoção e poesia (sendo esta minha favorita) - e abordagem ímpar são os elementos que fazem "Submarine" se sobressair à tantos outros do genêro.

Em suma, um filme emocionante, que até agora é meu filme favorito da década,talvez atrás de A Rede Social, levo-o com consideração com todos seus defeitos e qualidades, esse ultimo, são tantas, que fica dificil não adorar.

Nota 8,0
 



sábado, 14 de janeiro de 2012

Gumshoe, Detetive Particular (1971) - Stephen Frears



   Do diretor do acima da média e oscariado (whatever...) "Ligações Perigosas (1988)", Stephen Frears também dirigiu este aqui, nos longícuos 1971.
  Enfim, desinteressantissímo. Nada salva, nem Fiennes, nem o roteiro de N. Smith (principalmente), nada salvou a obra do fardo de ser aborrecido e corriqueiro.
  Poucas vezes vi um filme cujo, há mil cenas onde armas são apontadas, mas nunca disparadas, sempre impedida pelos classicos "deus ex machina" moments, algo como "Be Cool (2005)", mas esse aqui, é ainda inferior.

* PS: a parcial impopularidade e desconhecimento de muitos com a obra, se dá devido a sua baixa publicação e raras exibições, causado pelos xingamentos racistas do protagonista Ginley em alusão a um personagem africano e pela censura da cena, onde há consumo explicito de heroína.

Chato, trivial e dispensável.

Nota: 3,0